A coqueluche é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que compromete o aparelho respiratório humano.
Quem está em risco?
Apesar dos adultos apresentarem menos complicações que as crianças, eles podem ser fonte de infecção para os bebês com quem convivem. A coqueluche é uma importante causa de mortalidade infantil. A maioria dos casos e óbitos se concentra em crianças menores de um ano de idade, especialmente nos primeiros seis meses de vida. Entre 2016 a 2017, cerca de 90% dos casos de coqueluche que evoluíram a óbito, ocorreram em lactentes menores de 6 meses.
Sinais e sintomas
A coqueluche pode causar complicações sérias e por vezes fatais em bebês e recém nascidos. Os acessos de tosse podem durar várias semanas ou meses. Bebês e recém nascidos podem sentir-se angustiados e ficarem azulados (cianose) devido à dificuldade em respirar. Em bebês muito novos a tosse pode não ser particularmente perceptível, mas podem haver breves períodos em que eles param de respirar (apneia). Cerca de metade dos bebês com menos de um ano de idade, que contraem coqueluche, podem precisar de cuidados hospitalares.
As complicações da coqueluche podem incluir:
- Sinusite
- Pneumonia
- Otite média
- Perda de peso
- Incontinência urinária
- Fratura de costela
- Desmaio3
Mais de 90% dos bebês menores de 2 meses, infectados pela coqueluche, são hospitalizados devido a complicações associadas à doença.
Transmissão
A coqueluche é transmitida facilmente de pessoa para pessoa por meio de gotículas eliminadas ao tossir, espirrar ou falar. Muitos recém-nascidos podem contrair a coqueluche de irmãos ou irmãs mais velhos, outros membros da família ou cuidadores, que podem não saber que têm a doença, sendo os familiares a principal fonte de infecção em crianças menores de 6 meses, principalmente a mãe, responsável pela transmissão de 39% dos casos, pais por 16% dos casos, e os irmãos por 16 a 43% dos casos.
Prevenção
Todas as crianças, a partir de dois meses de idade, e todos os adultos precisam de proteção contra difteria, tétano e coqueluche. As doses de reforço da vacina são necessárias a cada dez anos ao longo da vida.
Segundo o Calendário de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), é recomendado para as gestantes, a partir da 20ª semana de gestação, uma dose da vacina dTpa (difteria, tétano e pertussis acelular). Além do PNI, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) também recomendam a vacinação com dTpa a partir da 20ª semana de gestação, a cada gestação.
Vacinação durante a gestação
Gestantes nunca vacinadas e/ou com o histórico vacinal desconhecido, recomenda-se pelo menos duas doses de dT e uma dose de dTpa. Deve-se apenas garantir que a dTpa seja feita após a 20ª semana de gestação, e que o intervalo entre as doses seja de pelo menos 1 mês.
A vacina dTpa é inativada, ou seja, são usados somente partes das bactérias mortas e não apresentam riscos de causar infecção na gestante e no bebê e está disponível gratuitamente para as gestantes nos postos de saúde.
A imunização materna também é importante para a prevenção da coqueluche em bebês menores de 6 meses, pois além de proteger a mãe, pode ajudar a proteger o bebê através da transferência de anticorpos que ocorre durante a gestação, até que completem o seu esquema vacinal primário.
Além da vacinação da gestante, o PNI também recomenda um esquema de 5 doses para crianças: aos 2, 4 e 6 meses com reforço aos 15 meses. Um segundo reforço deve ser aplicado aos quatro anos de idade. A Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Imunizações também recomendam o esquema citado anteriormente de 3 doses com 2 reforços.
Outras medidas de prevenção
Consulte a seção Calendários de Vacinação para mais informações sobre vacinação. Outras medidas de prevenção incluem hábitos simples de higiene como:
- Cobrir a boca e o nariz com um lenço ao tossir ou espirrar
- Não beijar o bebê no rosto e nas mãos
- Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos
- Evitar contato com pessoas doentes
Tratamento
Busque sempre um médico para se informar sobre o tratamento desta e de outras doenças. Também é necessário repouso, controle da febre e boa hidratação.
Conteúdo destinado ao público em geral. Por favor, consulte seu médico.
Fonte: https://bit.ly/3a3X7ZR
Acessado em: Abril de 2021